Querido leitor, tenha um bom Natal.

O Filho do Homem
Vinicius de Moraes

O mundo parou
A estrela morreu
No fundo da treva
O infante nasceu.

Nasceu num estábulo
Pequeno e singelo
Com boi e charrua
Com foice e martelo.

Ao lado do infante
O homem e a mulher
Uma tal Maria
Um José qualquer.

A noite o fez negro
Fogo o avermelhou
A aurora nascente
Todo o amarelou.

O dia o fez branco
Branco como a luz
À falta de um nome
Chamou-se Jesus.

Jesus pequenino
Filho natural
Ergue-te, menino
É triste o Natal.

Natal de 1947

Outros belos textos, poemas de Natal veja em Releituras

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O Jardim Amuralhado da Verdade

Nuca

Moisés e o pastor