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Mostrando postagens de julho, 2014

Nosso tempo

A Índia antiga negava toda a realidade no passado, no presente e também no futuro. Ela representava o tempo como um palco onde nasce e morre o mundo transitório das aparências. O tempo, assim como o espaço, é feito de oposições (dvanda). Ambos são gerados na ação dos três gunas, que são três fios da corda que amarra o homem sobre a roda do nascimento e da morte. Tamas, a gravidade e a ignorância,liga pela negligência e pela indiferença; Rajas, o movimento, a ação, liga pelo orgulho e a vaidade, e pela tendência ao ativismo; Sattva, a harmonia, a paz e a claridade, liga pela tendência a procurar a felicidade e os conhecimentos. Um ocidental ficará certamente espantado de ver que os indianos dos tempos passados contavam a harmonia e a paz entre o número de vínculos que prendem a este mundo. É uma concepção totalmente estranha à sua ética. A imagem dos três fios da corda corresponde, no entanto, à visão dos gnósticos para quem o bem e o mal se unem um ao outro neste mun